Erudito IAPERI SOARES DE ARAÚJO

 



Nasceu em 1945 no povoado da 'LUIZA' que ficava ao redor de 

uma quixabeira. O povoado era considerado legalmente um Distrito do município de Florânia.  O lugarejo teve sua toponímia alterada para  São Vicente em 1948 e, em 11 de dezembro de 1953,


torna-se município autônomo do Rio Grande do Norte pela Lei Estadual nº 1.030.


   

 Filho de Joaquim Araújo Filho  e de Milka Soares de Araújo.  Neto de Marcionila Maria e Joaquim Lopes de Araújo Cananéia.  Descendente de Thomaz de Araújo que foi Presidente da Província do Rio Grande após a independência do Brasil, o único nomeado diretamente pelo Imperador Dom Pedro I. Também descende do lendário Tomás Francês, neto do Presidente da ProvÌncia retromecionado. 

Joaquim Araújo foi figura influente na região, sendo, inclusive, o patrono da  praça, uma das principais da cidade acima destacada. Construída em 1985. 


Numa breve retrospectiva lembramos que no ano de 1956 toda a família que já morava em Currais Novos desde o final da década de '40'  migrou para Natal, capital do Estado. 


O intelectual IAPERI SOARES DE ARAÚJO é:


m
édico,

professor, 

escritor, 








desenhista, pintor, 


poeta, 


crítico de arte, 


cultivador das belas-artes, 




possuindo notável habilidade e vocação artística.  


Fez importante exposição no Palácio Potengi de fotos e objetos pessoais e telas pintadas por ele mesmo, na oportunidade das comemorações do centenário do nascimento do pai em dois mil e onze e de sua mãe dois mil e quinze.  
 


Professor aposentado de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde por 42 anos foi chefe da  disciplina de clínica obstétrica, chefe do departamento de toco-ginecologia por 5 vezes, coordenador da residência médica, vice-coordenador do curso médico e presidente do conselho de curadores da UFRN. Presidiu a SOGORN e foi secretário Executivo por dois mandatos da SOGINNE.

Foi gestor público na área de cultura, exercendo a superintendência do Teatro Alberto Maranhão (1982-1987) Secretário Municipal de Cultura da Natal (1988-1989); Presidente da Fundação José Augusto (1991-1995) e seu diretor de 2016 a 2018Presidente do Conselho de Curadores da UFRN e  Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco de 1997 a 1999.

Artista, participou de mais de 400 exposições coletivas e 53 exposições individuais, sendo premiado em exposições em Natal e na Bienal de Artistas Primitivos do Brasil em Piracicaba, São Paulo.  No início, seus trabalhos  focalizavam temas e costumes do Nordeste, retratando as festas do povo, suas fantasias e alegorias. 

Num período de sua vida cultural, ligou-se aos movimentos vanguardistas do Estado com a



poesia concreta, poesia visual e arte visual. 


A partir daí, participou de diversas exposições coletivas, a saber: 1963 - Primeira exposição de Poesia Ilustrada, Galeria de Artes de Natal; m
ostras individuais: 1965 - Galeria de Artes, Natal/RN (1967 - Fundação José Augusto. 1969 - Galeria de Artes Villa Flor, Natal/RN.1968 - Primeira exposição Internacional de Gravuras, Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo/SP.1980 - Galeria de Artes da Biblioteca Pública Câmara Cascudo, Natal/RN.  1982 - Nove Temas da Literatura Popular e Tragédias da Vida, Galeria Convivart, Natal/RN. 1984 - Primeiro salão de Pintores Primitivos, Galeria do Atelier Dorian Gray, Natal/RN; Museu de Arte Primitiva José Nazareno Miméssi, Assis/SP. 1985 - Galeria de Artes da Biblioteca Pública Câmara Cascudo. 1991 - Kunstsammlung Von Brasilianisclies Kunstler, Tübingen, Alemanha. 1993 - Viva Goiás na Arte Popular, Galeria de Artes Sebastião Reis, Goiânia/GO. 1994 - Galeria de Artes da Biblioteca Pública Câmara Cascudo. 1998 - Galeria de Artes da Capitania das Artes, Natal/RN, o que notadamente, como expresso, dezenas de exposições individuais e centenas de exposições coletivas de artes.  1994 - 1998 - 2002 - Bienal Brasileira de Arte Naif/Sesc, Piracicaba/SP. 

Fundador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; presidiu a Associação Brasileira de Medicina Popular; membro da Academia Norte-riograndense de Letras e dos Institutos Histórico e Geográfico do RN e de Goiás, além de presidir a Comissão Norte-riograndense do Folclore, sucedendo a Deífilo Gurgel.  Foi integrante e Presidente do Conselho estadual dos Desportos por 10 anos, Conselho Diretor da FENSAT, Conselho Diretor da Fundação José Augusto, Conselho Penitenciário do RN, Chefe do Departamento de Toco-Ginecologia da UFRN por mais de 14 anos, Vice-Coordenador do Curso de Medicina.

Foi Presidente do Conselho Estadual de Cultura por 8 anos. É da Academia Norte-rio-Grandense de Letras e dos Institutos Histórico e Geográfico do RN e de Goiás.   Foi condecorado com a Medalha 'Santos Dumont' da Aeronáutica, 'Amigo da Marinha', 'Alberto Maranhão' e 'Deifilo Gurgel' do Governo do Estado além do Mérito Desportivo por seus 10 anos como Presidente do Conselho Estadual de Desportos e o Mérito da Educação da Prefeitura de Natal. E segue: Mérito 'Seabra Fagundes' do Tribunal Regional do Trabalho,  Mérito Nacional 'Moacir Scliar' de Medicina, Cultura e Artes do Conselho Federal de Medicina.


Como escritor, publicou inúmeras obras, na verdade um quadro de centenas de publicações, imagine isso, dentre as quais destacamos: 



"Maria Santíssimo" - "Uma Pintora Popular" - "Maria Santíssimo, uma canção ingênua” - "Elementos da Arte Popular" -

 "Centenário de Joaquim Araújo Filho (1911 - 2011)" - 

"Sementes, centenário de Milka Soares de Araújo (1915 - 2015)". 

 

São publicações dos mais variados gêneros tais como: contos, poesias, prosas, ensaios literários, memoriais, artigos acadêmicos, além de ter colaborado com capítulos em livros Médicos e de anestesia Obstétrica. 


Celebrando os vinte anos de atividades, o espaço Nalva Melo Café Salão, na Ribeira, promoveu a exposição Viva Natal do nosso ícone nas artes, que é  um dos principais nomes que representam a cultura popular e arte naif no Estado.  A mostra foi uma síntese do trabalho dele, que há 50 anos retrata em suas telas e livros vivências e manifestações da cultura popular. 


O artista apresentou, na oportunidade, vinte e oito quadros que permeiam representações como as danças populares, autos, congos, religiosidade e fantasias. 

A ocasião também foi marcada pelo relançamento e noite de autógrafos de seus quatro últimos livros publicados:


A Medicina Popular;


No Rastro dos Cangaceiros; 


Chão de Epidauro e 


Angico, 1938. 


Iaperi vê na arte uma forma de resguardar a cultura de seu povo.


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